11 de jan. de 2011

Energia alternativa - enérgetico e álcool

Esta postagem não tem a intenção de julgar o comportamento dos usuários de bebidas energéticas associadas ou não ao álcool. O único objetivo aqui é orientar e compreender os possíveis riscos da ingestão descontrolada de algumas substâncias. 

Com um projeto inovador, criativo e um tanto audacioso, o bilionário austríaco Dietrich Mateschitz foi o pioneiro no mercado das bebidas energéticas (Energy Drink). A grande sacada surgiu nos anos 80, quando ainda executivo de uma multinacional viajava com frequência para a Ásia. E em Cingapura teve a grande idéia ao perceber que os taxistas da região tomavam uma bebida que proporcionava energia para enfrentar longas jornadas de trabalho. Assim, de volta ao seu país, Mateschitz investiu pouco mais de US$ 500 mil para criar a Red Bull.


Atualmente são mais de 500 marcas diferentes em todo o mundo. Dentre as concorrentes as poderosas Coca e Pepsi, que juntas movimentam um mercado bilionário. Em 2009, somente no Brasil, a Red Bull alcançou a marca histórica de mais de 100 milhões de latinhas vendidas.

Isso demonstra uma tendência comportamental da população que procura, principalmente, soluções de imediato para o cansaço, falta de disposição no trabalho e na vida pessoal. Também, podemos observar que a bebida caiu no gosto dos jovens, que fazem uma mistura inusitada com álcool no intuito de se sentirem menos bêbados e mais ativos – o que é um grande equívoco.

Podemos encontrar na composição destas bebidas: cafeína, taurina, glucoronolactona, vitaminas, aminoácidos e estimulantes vegetais (guaraná, ginkgo biloba, ginseng). Mas a maior preocupação é com a cafeína.  Em uma única latinha são encontrados de 50 mg à 500 mg deste estimulante (média de 1 à 6 xícaras de café por latinha). Daí a enorme preocupação dos órgãos de saúde quanto a intoxicação aguda e a dependência.

Na intoxicação aguda pode ser evidente os sintomas: ansiedade, agitação psicomotora, dor de cabeça, tremor, insônia, sintomas gastrintestinais, hipertensão arterial e taquicardia. E em casos de overdose, efeitos de maior gravidade. Ainda há relatos de crises epilépticas, derrame cerebral e óbitos.

Ainda pior, seduzidos pelo forte marketing de TODO-PODEROSO e pelas falsas perspectivas de lucidez, os jovens associam estas bebidas ao álcool. Apesar de não existirem comprovações científicas que esta mistura é arriscada, é evidente o perigo da união destas duas drogas em questão. Entretanto, já foram realizados alguns estudos comparativos que constataram uma maior propensão à embriaguez, quando ingerida a mistura. E mais, também tinham o dobro de risco de sofrer algum acidente ou necessitar de atendimento médico.

Embora exista tanta preocupação entorno das bebidas energéticas, as empresas quando se resguardam legalmente (através das legislações sanitárias e das adequações vigentes de cada país) se esquivam de qualquer culpa.

Mas antes de tirar o corpo fora, é preciso deixar bem claro aos seus consumidores dos riscos inerentes ao uso da forma equivocada do produto. E se possível não dar asas a um mundo fantástico!

Um comentário:

  1. elisafranca86@yahooo.com.br30 de janeiro de 2011 às 19:35

    Muito interessante o esclarecimento, principalmente para os jovens que estao cada vez mais buscando diversao sem medir consequencias.

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